Cannabis
No II Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Portuguesa realizado em 2007, à semelhança do ocorrido em 2001, a cannabis foi a substância que registou as maiores prevalências de consumo quer na população total (15-64 anos) quer na população jovem adulta (15-34 anos). Entre 2001 e 2007, registou-se um aumento das prevalências de consumo de cannabis ao longo da vida – de 7,6% para 11,7% na população total e de 12,4% para 17% na jovem adulta - e uma estabilização das prevalências nos últimos 30 dias - de 2,4% para 2,4% na população total e de 4,4% para 4,7% na jovem adulta. Verificou-se também uma descida das taxas de continuidade do consumo de cannabis na população total - 43,2% em 2001 e 30,5% em 2007 - e na população jovem adulta - 50,3% em 2001 e 39,4% em 2007 -, surgindo como a terceira droga na população total e a segunda na jovem adulta, com maiores taxas de continuidade do consumo em 2007.
Heroína
Em relação às taxas de continuidade do consumo de heroína, entre 2001 e 2007 verificou-se uma diminuição a nível da população total (de 26% para 24%) e um aumento entre a população jovem adulta (de 28,2% para 34,6%). A análise por género evidencia prevalências de consumo de heroína mais elevadas no grupo masculino (prevalências ao longo na vida e nos últimos 30 dias respectivamente de 1,8% e 0,3% na população total e de 1,8% e 0,5% na jovem adulta) do que no grupo feminino (prevalências ao longo na vida e nos últimos 30 dias respectivamente de 0,4% e 0,1% seja na população total seja na jovem adulta), embora o grupo feminino apresente taxas de continuidade do consumo mais elevadas.
Cocaína
Entre 2001 e 2007, registou-se um aumento das prevalências de consumo de cocaína ao longo da vida e nos últimos 30 dias quer na população total (respectivamente de 0,9% para 1,9% e de 0,1% para 0,3%) quer na jovem adulta (respectivamente de 1,3% para 2,8% e de 0,3% para 0,7%). Apesar de ser a terceira droga na população total e a primeira na jovem adulta com as taxas de continuidade do consumo2 mais elevadas em 2007, verificou-se uma diminuição destas taxas entre 2001 e 2007, tanto na população total (de 34,1% para 32,2%) como na jovem adulta (de 46,4% para 41,4%). A análise por género evidencia prevalências de consumo de cocaína mais elevadas no grupo masculino (prevalências ao longo na vida e nos últimos 30 dias respectivamente de 3,2% e 0,6% na população total e de 4,4% e 1,1% na jovem adulta) do que no grupo feminino (prevalências ao longo na vida e nos últimos 30 dias respectivamente de 0,7% e 0,1% na população total e de 1,1% e 0,2% na jovem adulta), embora o grupo feminino apresente taxas de continuidade do consumo mais elevadas.
Ecstasy
Entre 2001 e 2007, registou-se um aumento das prevalências de consumo de ecstasy ao longo da vida na população total (de 0,7% para 1,3%) e na jovem adulta (de 1,4% para 2,6%). No caso das prevalências de consumo nos últimos 30 dias verificou-se uma estabilização na população total (0,2% em 2001 e 2007) e um aumento na jovem adulta (de 0,4% para 0,5%). Apesar de ser a primeira droga na população total e a terceira na jovem adulta com maiores taxas de continuidade do consumo em 2007, verificou-se uma diminuição dessas taxas entre 2001 e 2007, tanto na população total (de 53,5% para 32,7%) como na jovem adulta (de 59,8% para 35,1%). A análise por género evidencia prevalências de consumo de ecstasy mais elevadas no grupo masculino (prevalências ao longo na vida e nos últimos 30 dias respectivamente de 2,1% e 0,3% na população total e de 4,3% e 0,6% na jovem adulta) do que no grupo feminino (prevalências ao longo na vida e nos últimos 30 dias respectivamente de 0,4% e 0,1% na população total e de 0,8% e 0,2% na jovem adulta), embora o grupo feminino apresente taxas de continuidade do consumo mais elevadas.
Outras Drogas
Entre 2001 e 2007, registou-se um aumento das prevalências de consumo de anfetaminas ao longo da vida na população total (de 0,5% para 0,9%) e na jovem adulta (de 0,6% para 1,3%), verificando-se uma estabilização das prevalências de consumo nos últimos 30 dias na população total (0,1% em 2001 e 2007) e um aumento na jovem adulta (de 0,1% para 0,3%). As prevalências de consumo de LSD ao longo da vida e nos últimos 30 dias também aumentaram entre 2001 e 2007, quer na população total (respectivamente de 0,4% para 0,6% e de <0,1% color="#ff0000">Quantos toxicodependentes existem em Portugal?
Sendo a toxicodependência uma “realidade escondida e dinâmica”, quer em Portugal quer nos restantes países, não é por isso possível saber o número exacto de toxicodependentes. Contudo, existem estimativas a nível nacional e europeu sobre o consumo problemático de drogas, que permitem comparar a situação de Portugal com os restantes países europeus e perceber a evolução da situação ao longo do tempo.
Existem, também, indicadores indirectos como os utentes em tratamento da toxicodependência e os utentes das estruturas de proximidade.
Estatística , que permitem, para além de uma aproximação ao número de toxicodependentes, caracterizar a situação desses indivíduos de modo a dar respostas adequadas e perceber a evolução da situação ao longo do tempo.
Relativamente ao consumo, existem vários estudos nacionais relativos quer à população portuguesa dos 15-64 anos, quer a contextos específicos, disponíveis no nosso site (link Investigação).
Para além destes estudos, no Relatório Anual sobre a Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências disponível no nosso site
Dissuasão, Apreensões Policiais, Decisões Policiais e Reclusões, constam vários indicadores indirectos relativos ao consumo e ao tráfico, que permitem uma caracterização da situação actual e da sua evolução ao longo do tempo. Mortes relacionadas com o consumo de heroína. Na presente secção, o termo “mortes relacionadas com o consumo de droga” é utilizado para denominar as mortes directamente causadas pelo consumo de uma ou mais drogas e que se verificam pouco depois do consumo da(s) substância(s). Estas mortes são denominadas “overdoses”, “envenenamento”, ou “mortes induzidas pela droga” .